sexta-feira, 28 de março de 2008

Eu não sou Lídia nem tu Ricardo Reis.

Por isso, não vivamos na espera.
Enlacemos as mãos e cansemo-nos.
Porque vale a pena cansarmo-nos por
beijos,
abraços,
carícias.
Podemos manter o silêncio.
Vamos fazer um jogo.
Em segredo,
sem dizer nada,
se vires este bilhete amarrotado e se quiseres
estar comigo,
ficar comigo,
fazer acontecer,
amanhã,
oferece-me uma flor.
Uma flor qualquer daquelas que eu não apanhei.
Pode ser uma daquelas que mais gosto...
Ou não...
E em silêncio,
Sem nada precisar(mos) dizer
Eu vou saber que queremos o mesmo...

Mas, se não vires este bilhete, que eu amarrotei com medo do seu encontro,
Vou ficar a sonhar baixinho,
mais uma noite,
que entres no meu jogo e que o meu sonho se cruze com o teu.
Não quero ser-te suave à memória.
Quero ser intensa em ti.

Um comentário:

lacrimae disse...

simplesmente perfeito...
obrigado por escreveres assim!