terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Que morras mar

Que sejas uma onda,

E que rebentes à chegada.

E que não me inundes mais.


Quero que morras a tentar voltar ao rio,

A remar contra a tua própria corrente.


Quero que morras,

que morras

a cada tentativa de me enrolares na areia da praia,

a cada puxão que fazes de mim contra ti,

a cada vai e vem continuo, medido e calculista.


Quero que morras

E que não destruas com a tua força em segundos

o forte que demorei a construir ao longo dos anos.


Quero que morras 

E que não me temperes a pele para,

Em seguida, me dizeres que é demasiado salgada.


Quero que morras,

quero que morras em mim,

para que o verão possa voltar

 rapidamente.

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