sábado, 12 de setembro de 2009

êxodo pelo funeral



Aos poucos, tudo vai perdendo a graça que tinha.

A cidade está deslavada, nem cinzenta melancólica pedindo caminhadas silenciosas enroladas em
passos abraçados, nem luminosa antevendo gargalhadas cúmplices e apaixonadas.

Aos poucos, tudo perde a vida,

as pessoas deixam de ter o interesse das vivências que lhes procurávamos no olhar e já não lhes

consigo achar piada. Nenhuma.

A cidade maravilhosa está a destruir-se.

São ruínas a cada passo, ruínas.

Está a morrer. Morrer… Vai desaparecer…

É preciso lutar! É preciso reactivar os batimentos! Acudam-na! Ajudem!

Não a deixem morrer!


Pum pum… pum…pum…pum…...pum……… pum…………pum.

Era esperado.

Resta-lhe um funeral feliz. Sem percalços.

Que a faça descansar em paz, sob uma linda tabuleta onde reluza a palavra Amor.

Faça-se-lhe o luto.

E mudem-se para outra cidade.

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