domingo, 12 de outubro de 2008

Amor-veneno II


Devoram o mais nobre veneno
O de amar em combustão
Oh dor
Oh raiva
Oh silêncio
Apenas fórmulas químicas e tesão
consomem a alma

tiram-na do lugar,
descompõem-na,

revestem-na de mendicidade,
para por fim escrava ser,
dependente

desse veneno presente que é afinal o amor.
O que ama se destrói
Se consome, se corrói.
O que ama acredita,
não reflecte, não medita
o que ama deixa-se levar
na dor dos tolos,
pobres tolos

Que acreditam que apenas
sobre existe quem não resiste a amar.
Até caírem não caem mais
Até amarem não amam mais
Gente doente, envenenada
Gente ridícula e mal-gostada
Gente, gente,
somente gente.
Caem sempre novamente
Nesse rasto de corrente
d' O amor que mal se sente
Que mal se entende.
Amar será assim
ao dar

um pedaço de si
Perder-se por pouco
e por menos se vender
Mas amar será mesmo assim um espaço a temer?
Amor-veneno
Amor de feno

Amor de palha
Amor que enche quem o consome
Amor que mata quem dele tem fome.


Agradecimento especial à T, amiga e critica.

Um comentário:

FlyHigh_Girl disse...

E tens mesmo de agradecer... Aquele "se" faz toda a diferença! =O
*continuo a adorar ^^ (como é bom ter 2 versões de um texto que se gosta... uma para os dias de semana, outra para os f-d-s e feriados =D)*