quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

O medo do amanhã fez


O medo do amanhã fezChorar
Querer
Rir
Sonhar
Tremer

E pensou:


E se eu batesse com a porta do escritório, sorrisse à
administradora enquanto digo "vou só tratar de uns assuntos urgentes" e fosse
vaguear-me por aí?
Poderia entrar num café. Um café qualquer... E pedir um
sumo. Ah! Mas não quero ficar presa a um copo de vidro! Bem, poderia pedir
"olhe, por favor, queria um sumo de laranja natural num copo de plástico por
favor." É isso. Depois, posso ir passear, ver o rio das
ruinas.
Bateu com a porta.
Foi vaguear.

Entrou num café, pediu um sumo em copo de plástico, teve a sensação de que toda a gente a olhava mas não se preocupou. Subiu o que faltava para chegar ao castelo.

Sentou-se a olhar o rio com o sumo
ainda por beber morto
no copo que balouçava entre as mãos.

Encaminhou-o aos lábios,
parecia laranja-lima
entre o doce e o amargo...
Lembrou-se do livro que lera na adolescência e comoveu-se.
O livro servia de desculpa
para as lágrimas que tinham ficado escondidas
no bater da porta e no sorriso.
Mas ali, deixou-as escorrer na esperança que pela colina chegassem ao Tejo.
Talvez a sua pequena tempestade se diluísse ou dessem um novo sabor ao sumo que bebia.












Adaptado de Sonhos de Alice e o Telefone toca. 23-06-2007

Um comentário:

Butterfly disse...

n deixes q ele te pare...
o amor é a unica coisa k n desaparece da nossa vida...apenas muda de forma...
tenho post novo ;)
gosto de ti...