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Diz Alice:
- No meu espelho não me vejo necessariamente a mim.
Mas vejo o fruto da minha imaginação, dos meus gostos e dos meus acontecimentos.
É só uma maneira de controlar os meus outliers.
De dizer quem sou como se não fosse.
De me reinventar.

Desengane-se quem aqui procura o retrato de uma
aspirante a contadora de histórias. Alice e Eu, seja lá o Eu quem for,
somos distintas, opostas e (ainda assim) inseparáveis. Afinal a existência
pressupõe a inexistência e a diferença a semelhança.
Alice é uma desastrada personagem de encontros
desencontrantes e histórias de encantar com tristes finais.

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terça-feira, 1 de janeiro de 2008

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